quarta-feira, 26 de abril de 2017

Encontro de almas...

                                            Gosto de ter sempre o melhor abraço das pessoas.
Possivelmente nunca mais nos vamos ver, por isso, dá-me o teu mais perfeito abraço. Um dia quando me lembrar de ti...relembro  apenas este momento.

Hoje, sei que não foi um abraço, foi um encontro de almas...

Tila de Oliveira
(este abraço tem 21 anos)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Só amanhã.

"Amanhã fico triste...hoje não"!

terça-feira, 3 de março de 2015

As saudades continuam…
No início sentia-me bem olhar as tuas fotografias, ler o que escrevias…agora não consigo…
Faz hoje um ano e quatro meses que fizeste essa viagem, jornada a ser feita por todos nós mais cedo ou mais tarde!
Tenho saudades da tua voz, do teu sorriso envergonhado…tenho saudades de ti. Lamento tanto essa partida. Não há um dia que não me lembro de ti…não há um dia que não pergunto “porquê”! Ninguém deveria partir com a tua idade…
Dá um beijo á mamy…dá um beijo á avó e ao avô… tenho saudade … este vosso silencio faz um barulho enorme dentro de mim…é como se tivesse uma ferida aberta e a dor tivesse som…rezar ajuda-me, mas há dias que parece que apenas eu me oiço a mim própria.
Nunca vou deixar-vos morrer…
Sobrinha…nunca deixes de olhar por mim…acredito que estejas onde estiveres, tu olhas por mim. Desculpa se algum dia não correspondi às tuas expectativas, desculpa pelas vezes que esperavas mais de mim e eu não percebi…desculpa…
Descansa em paz…levanta a mão…gosto de ti dai até aqui…muito e tanto sem tamanho…

È impossível esquecer-te e “curar-me” desta saudade que sinto…

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Hoje faço 49 anos!
Ando cá há 17.885 dias...por isso...
Quero beijos e abraços, telefonemas e postais, prendas e surpresas, mensagens e convites, propostas indecentes ou não :)! Hoje estou bonita, mesmo que alguém ache inviável :) mimei-me com tudo a que tenho direito, sim...porque hoje faço anos!
Tudo reluz, inclusive eu. Trago em mim uma luz que ofusca e baralha os mais descrentes, confundem-me com um anjo descido do céu, uma deusa ou até com uma estrela cadente! Auto-estima em cima?! Sim claro.. faço anos e posso tudo:) Não digam com vergonha que sou jeitosa, digam antes sem vergonha que sou boa nas horas:):):) Hoje não me contrariem, não me posso enervar...falem comigo com carinho que sou idosa ehehehe
Com umas botas de salto alto, pestanas alongadas com um rímel sem ser "in China", uma pele de bebé depois do ginásio, sauna e de uma massagem por este corpinho de 48.50 kg´s, um decote meio atrevido,calças que assentam que nem um mimo, o que acham?! Com tudo isto, só posso  brilhar e deslizar pelas ruas de Braga, tipo: helicóptero...gira e boa :):):) Sinto-me observada dos pés á cabeça e aprecio...retribuo com um largo sorriso! Nem sonham que esta felicidade é devido ao meu aniversário, se calhar acham que fui promovida, que estou de ferias ou talvez que passei a noite com algum amante, (sim é uma coisa que todas as mulheres deveriam ter direito:) !!! Não, estou feliz...porque faço anos. Ponto.
Ao redigir isto, rio-me de mim própria! Algumas pessoas pensam:" olha esta, tem a puta da mania"! Não, acreditem que não, apenas sei rir de mim própria, tenho consciência que sou uma kotinha de metro e meio, com mais rugas que as que desejaria e com banhitas indesejáveis...mas o que posso fazer? Hoje até acho graça ás rugas e ás banhas!!!
Mas também sei falar a sério! Desta forma, digo sem restrições que aos 49 anos sinto que tenho asas quando estou com algumas pessoas, mas hoje... posso voar, tenho a meu lado seres humanos incríveis, "que mais parecem lugares que pessoas".(Já alguém o disse).
Tenho consciência que fazer anos é caminhar para a velhice, que envelhecer é ver morrer pessoas, por esta razão vivo o dia a dia duma forma única...como quero e gosto. 
Nos meus 49 anos de vida terminei, iniciei e deixei histórias a meio, magoei e rasguei sorrisos em rostos sisudos e tristes, ganhei e perdi batalhas, conquistei e fui conquistada, chorei tanto que fiquei sem lágrimas, "coloquei" estrelas no céu e pus-lhes nomes, revoltei-me e não tive respostas para muitos "porquês", diverti-me e dancei muito de olhos fechados, levaram-me ao quintal do céu, tive borboletas na barriga...enfim vivo.
Nestes 49 anos aprendi a ouvir, a percorrer caminhos de outros antes de julgá-los. Descobri que há vida atrás de cada estrela e aprendi a falar com elas,  que ser boa pessoa é mais gratificante e simples que ser cruel, que enquanto se perde tempo a odiar alguém...ficamos sem tempo para estar e apreciar quem gosta de nós. Nestes anos, aprendi que temos de parar para pensar quando as nossas atitudes são executadas por instinto e não com sentimento. 
Hoje sei, o que não quero para a minha vida, sei o tamanho do meu coração mesmo nos dias em que está fragmentado, sei de cor o significado de cada nó na garganta,  sei que tenho as mãos cheias de muito e tanto, sei o significado da palavra amor, amizade, família, saudade, alegria...sei o tamanho imensurável da perca. Sei que nunca devo cruzar os braços, sei ir ao fundo da minha alma e voltar, olhar para mim "espancar-me" ou elogiar-me. Sei troçar de mim para me irritar,  sei que só saberemos o significado da vida quando morrermos, sei guardar segredos e dar boas noticias. 
Sou uma mulher de fé, embora não aparente, ganhei a confiança de Deus e já O trato por Tu, acredito na reencarnação, que os mortos afinal nunca morrem e que um dos propósitos da vida é evoluirmos enquanto seres humanos e é com esta fé que me levanto todos os dias de manhã e encaro o dia da melhor maneira possível. Não sei se a fé move montanhas, mas com ela arrumo muita "gaveta" e descobri que nunca estou sozinha. 
De mim para mim: gosto da pessoa com quem convivo há 49 anos, gosto quando prego partidas a mim mesma, de me olhar com ar de tola, gosto de me dar a mão e puxar-me quando começo a mergulhar na tristeza . Gosto de mim...porque sei tudo isto a meu respeito e muito mais... sei quem sou, de onde vim, para onde quero ir e onde estou agora.
Como hoje faço anos, tratem-me com carinho que sou idosa:) e já sabem:
Guardem apenas o melhor de mim!

Beijo e xi apertado da Kotinha:)

terça-feira, 22 de julho de 2014

"Eu me contento com pouco.
Um cantinho qualquer,
um bom livro e o silêncio dos outros".
Laura Méllo 



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mudança de estado

Zíbia Gasparetto
A vida precisa ser renovada. A morte é a mudança que estabelece a renovação. Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável. O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor. Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos. Pense nisso. Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama já partiu, libere-o agora. Recolha-se a um lugar tranqüilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria, e quando recorda-la, veja-a feliz e refeita. A morte não é o fim. A separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz. "A morte é só uma mudança de estado. Depois dela, passamos a viver em outra dimensão"

Zíbia Gasparetto

sábado, 16 de novembro de 2013

Uma estrela chamada Joana de Oliveira



Escrever uma carta para ti é complicado…tem remetente, mas não tem a morada do destinatário. O que me conforta é a certeza que estás a ler esta carta em tempo real… e nesse lugar onde estás, até podes ouvir os pensamentos. 
Sinto a tua falta… tenho saudades de ouvir o teu “bjinhos” no final de cada telefonema, de dar os bons dias e o “dorme bem”! As nossas conversas passaram a ser em silêncio, e é o barulho desse silêncio que me perturba. O
que me conforta é saber que agora, e por incrível que pareça, parece que estamos mais próximas que nunca! Agora sabes tudo e vês tudo ...eu não sei nada de ti, mas sinto a tua presença…não sei explicar… parece que “oiço” o teu olhar sobre mim. Enquanto estou a expressar este pressentimento, sinto que esboças um sorriso como que a confirmar esta confissão. Ainda não encontrei a resposta para a tal pergunta: porquê?! Espero que com o tempo, possas amenizar o meu coração e pedir perdão a Deus, por não perceber muita coisa que ocorre nas partidas das pessoas! O facto de teres partido, "eu sei e muita gente o sabe) não foi porque desististe de lutar, mas sim, porque o tal Homem omnipotente quis-te junto Dele e de outros que já fizeram essa tal viagem.
Joana gostavas de anjos, neste momento acho que já te transformaste num … no mais gracioso e cintilante que o céu alguma vez recebeu. Deus deve-te um lugar especial na casa Dele e acho que estou a Vê-lo receber-te… sentarem-se os dois e terem a tal conversa…tu a fazer todas aquelas perguntas que não tinhas respostas … Ele a responder. Mas neste momento…penso que já se entenderam e tu também já deves opinar em relação a muita coisa que se passa neste planeta  .
De ti quero perpetuar o teu olhar, o sorriso meio envergonhado, as respostas na ponta da língua, os sonhos bons que querias alcançar, as conversas que tínhamos ao telefone e outras por mensagem, quero evocar a tua luta diária para ultrapassares os dias horrendos que tiveste…tanta coisa sobrinha! De ti recordo apenas o teu muito bom e para sempre. Prometo nunca esquecer-te, rezar todos os dias por ti, “falar” contigo, procurar sinais provenientes da tua parte. Prometo não te deixar morrer sobrinha! Da tua parte… espero que sejas mais um anjo da guarda na minha vida.
Uma das muitas formas de te manter viva é falar da tua história de vida, é dizer a toda a gente o que me dizias em tantas mensagens:” viver um dia de cada vez “,”dizer ás nossas pessoas especiais o quanto gostamos delas por palavras ou ações”, “ acreditar sempre que é possível”, e como tu escreveste: “ não vou desistir, vou lutar sempre porque tenho pessoas que amo”! Esta frase e outras nunca vou esquecer e é com elas que vivo um dia de cada vez. Tens metade da minha idade e ensinaste-me mais coisas que eu a ti, orgulho-me de seres minha sobrinha. As minhas batalhas e lutas ao pé das tuas deixam de fazer sentido, os teus 23 anos dão para contar uma história de vida que deixa os meus 47 anos sem interesse. És a minha heroína, tu e muitas Joanas, Marias, Josés, Antonios…por esse mundo fora. Recorda o melhor de mim e desculpa sermos tão impotentes em relação a certas coisas…sentimo-nos de mão atadas e minúsculos quando a vida nos prega estas partidas.
Descansa em paz … e dá sinais da tua “existência” nesse lugar onde espero que tenho muita cor e magia. Gosto muito e tanto de ti. Levanta a mão…gosto de ti dai até aqui sobrinha 
Prometo não te deixar morrer joana

Para ti sobrinha...

Para ti sobrinha...

“ A minha morte não é nada. Apenas passei ao outro mundo. Eu sou eu. Tu és tu. O que fomos um para o outro ainda somos. Dá-me o nome que sempre deste, fala-me como sempre falaste. Não mudes o tom…
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos, reza, sorri, pensa em mim, reza comigo. Que o meu nome se pronuncie… como sempre se pronunciou. A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era. O cordão da união não se quebrou.
Porque estaria eu fora dos teus pensamentos, apenas porque estou fora da tua vida? Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho. Jà veràs, tudo está bem. Redescobrirás o meu coração, e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca as tuas lágrimas…não chores mais.”              

STº Agostinho

domingo, 22 de setembro de 2013

Dias de férias...

Gostei de ser "alguns dias das tuas férias"...são os tais momentos que ficam e não se confidência com ninguém, perdem o encanto ao falar sobre eles. Um dia, quando novamente nos cruzarmos, o nosso olhar vai até "aos teus dias de férias" e tenho a certeza que vou esboçar um sorriso...um deles, talvez venha dos tais dias em que fiz parte de ti. Por enquanto, a nossa história fica no lugar onde a deixamos...

Tila de Oliveira

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Não há titulo!
Ainda bem que ninguém ouve ou vê os meus pensamentos...senão iriam todos saber que estou apaixonada por ti.  Ao contrário do que diz o autor: podes decifrar-me e concluir-me...

Tila de Oliveira

domingo, 9 de dezembro de 2012

A estupidez assusta-me...

Há dias em que me apetece chamar nomes a toda a gente!

Nomes feios mesmo! Só porque o Natal se aproxima, observamos pessoas a roçar a estupidez …
a falsidade é uma coisa que me assusta . Cada vez mais primo pela honestidade.Não me convidem para ser o que não sou, para “interpretar” uma personagem que nada tem a ver comigo. Não me convidem para impressionar e subir na vida á custa de pisar outros...não estou á venda, não sou atriz...não tenho jeito nem feitio para joguinhos baixos e sujos. Sou assim, e depois...não posso?!
O meu caminho é outro. Sei o que quero e para onde vou.
Esta é a Tila de Oliveira, aquela onde eu "investi". " Quando sou boa sou boa, mas quando sou má, sou melhor ainda"!

Tila de Oliveira

sábado, 11 de agosto de 2012

Carregada de historias...

O facto de não "andar por estes lados" não significa que não tenha nada para escrever neste espaço. Antes pelo contrário...há muito para descrever. Descrever cidades, lugares, pessoas...enriqueço bastante nesta caminhada que é a minha profissão. Encontro pessoas que se tornam bem mais especiais, unicas e amigas, que muitas que pensava que eram tudo isso.  A vida é mesmo uma grande lição de vida!
Quando terminar esta minha jornada por estes lados e regressar ao meu cantinho, vão entender o que digo:)

Até muito breve
Tila de Oliveira

sábado, 3 de março de 2012

Aos meus operadores de Lisboa:)

Sei que não vou cativar muita gente com este testemunho de vida. Mas apeteceu-me colocar esta vivência.

Há ano e meio vim para Lisboa. Nesta viagem, as minhas companhias eram um rádio e lágrimas num rosto com alguma languidez e apreensão em ir para uma cidade onde tudo acontece. Nunca gostei da nossa capital.
Ano e meio depois, o impensável sucede: sair desta cidade com um centro de emoções abastado de sentimentos indescritiveis. Parto mais resistente e com vivências que nunca vou esquecer.
Nesta passagem por uma cidade que não é para todos, ladearam comigo pessoas que não vivem...mas que sobrevivem. Trabalhei com todo o género de gente que possam imaginar. Negros, brancos, pessoas de outra nacionalidade, outras que foram abandonadas pelos pais,tóxicos, alcoólicos, ex reclusos, vitimas de violência doméstica, pessoas com carências extraordinárias...tudo isto e muito mais. Não, não trabalho em nenhuma instituição de apoio á vitima, nem nos AA, reinserção social...! A minha actividade profissional é em Marketing, num Grupo Hoteleiro, mas este “tipo” de pessoas conviveram diariamente no meu local de trabalho cinco dias por semana e várias horas ao dia. Porquê escrever sobre elas, é a pergunta que suscita a muitos! Porque estas pessoas...ensinaram-me mais que eu a elas.
Não nos damos conta do dia a dia de muita gente, ou porque não queremos saber, ou porque a pobreza atemoriza muita gente, ou porque os “drogados” são seres inúteis á sociedade, ou porque um ex recluso é apontado e “recluso”a vida inteira por nós seres perfeitíssimos, ditos normalíssimos e íntegros! Puro engano, quem concebe desta analise está longe da perfeição e da realidade.
Todos os dias a minha ida para o Hotel era a parte do dia mais complicado. Sim Hotel, vivi ano e meio num Hotel, com um pequeno almoço abastado. Tinha ar condicionado, nunca passei nem frio nem calor, tinha um cozinheiro todos os dias a sugerir-me uma boa refeição, faziam limpeza ao meu quarto, mudavam as toalhas todos os dias e ainda me perguntavam se precisava de alguma coisa! Porque era difícil a ida para “casa”?! Porque morava nos Restauradores e quando saia do metro, os sem-abrigos faziam as suas camas de papelão no vão das escadas das casas, nas paragens dos autocarros, nos bancos do jardim...sim, sentia-me mal. Via pessoas mutiladas em esquinas com papeis escritos a pedir dinheiro, não tinha a percepção que o barulho dum moeda causava tanto impacto. Assistia a crianças em colos que ás vezes nem sabiam se estavam a dormir ou a agonizar. Estas pessoas, como nós as chamamos, já foram “normais”, hoje são alvos a ignorar, desprezar e o mais triste a ter “pena”! Muitas vezes questionei sobre a vida que um dia tiveram. È uma grande lição de vida, faz-nos meditar em muita coisa. Parei de me queixar! Ponto!
Como referi atrás, as pessoas que trabalharam comigo ensinaram-me mais que eu a elas. Tenho esta realidade dentro de mim e na minha profissão tenho o prazer de conviver com todo o tipo de pessoas, assim como conhecer o Pais de lés-a-lés. Mas esta estada em Lisboa enriqueceu-me mais enquanto ser humano. Olhar para uns olhos tão cheios de nada a nível financeiro e material e repleto de tanto a nível de padecimento....questionamos muitas coisas. Se tenho pena deles?! Nunca. Tenho é pena de mim se me queixo da vida que tenho. Se não lutaram por uma vida melhor? Claro que sim. A diferença é que a vida lhes tirou muitas vezes o tudo do pouco que tinham, para recomeçarem novamente tantas vezes. Nunca fui abandonada, nem tóxica, alcoólica, vitima de violência doméstica ou reclusa, para poder entender melhor a dor destas pessoas, mas se as ouvirmos... deixam-nos entrar na vida delas e sentimos um pouco a mágoa que as assola. Não sou nenhuma Teresa de Calcutá ou Santa...mas tenho a maior consideração pelo ser humano, e por conseguinte, sinto que estou num patamar superior a muita gente. Este nível que menciono, não tem a ver com inteligência, mas sim de vivenciar experiências de vida que muitos infelizmente não podem ou não querem sentir em profundidade algumas emoções e realidades.
Estes operadores marcam-me para a vida inteira, mas duma forma sublime , peculiar e sinto que serei uma amiga ímpar também para eles. Ao contarem as suas histórias, tiveram que abrir o seu coração, narrar momentos que queriam banir. Sinto-me previligiada por ser uma das “eleitas”para desfragmentar e talvez amenizar um pouco essas dores. Nunca resolvi os seus problemas, mas em cada “página” dessas histórias, talvez conseguisse mudar um pouco o final de cada folha.Vi muito choro quando abriam as “portas” das suas vidas, pareciam estar novamente a vivenciar tudo.
Eu não fui apenas a Chefe deles, fui um porto de abrigo para muitos também. Todas estas “historias” fizeram-me parar para pensar, como passaram anos numa prisão, como foi lidar com a ausência das suas pessoas especiais, como era o dia a dia numa cadeia com muros altos que dividiam o nosso mundo do deles. Tocaram no fundo da minha alma mães sem dinheiro para dar de comer aos filhos, mães que bebiam e muitas vezes davam o corpo para se sentirem “amadas” duma forma que sabiam não ser a mais correta. Filhos abandonados pelos pais! Viviam um dia de cada vez, porque o futuro delas só ia até amanhã, nada mais. O “daqui a dois dias”, não existia.
Adolescentes violados por familiares, adolescentes com um olhar isento de mimos...quando lhes dava um abraço estranhavam, mas sabiam abraçar. Isto é tudo o que vi, vivi, senti e existe no mundo real.
Cada vez tenho menos paciência para futilidades e para ouvir a palavra” crise”, para estas e outras pessoas a tal CRISE sempre as acompanhou.
Gostamos ou não duma cidade, aldeia ou vila devido ás pessoas. O local pode trazer-nos paz ou não, mas são as pessoas que nos liga e une...e fazem ter ou não saudades dos sítios. Lisboa extasiou-me pelas pessoas que conheci e vou voltar ,na certeza porém, de estar de novo com elas. Aprendi ainda mais a observar e a estar mais atenta ao que me rodeia. Observar é o meu passatempo preferido, mas educaram-me que posso observar e em simultâneo viver um pouco a vida de alguém pelas suas memórias.
Neste ponto, podem formar a ideia que toda a gente conhece alguém assim, sim concordo. Mas conviver com estes seres humanos dentro duma sala, todos os dias, várias horas, várias semanas e meses...é diferente. Quem olha para eles não se apercebe de nada, só notamos algo, quando se olha para lá do olhar deles...e só entramos neles, se deixarem.
A minha vida é feita de “historias”, e com pessoas bem reais dentro delas. À minha equipa de Marketing um muito obrigada por me fazerem desenvolver mais a nível pessoal, por deixarem que entrasse nas vossas vidas sem receios, obrigada pelo carinho e obrigada acima de tudo por me darem o que muitas vezes voçes não tinham...motivos para sorrir em Lisboa.
O pouco que lhes dei, foi um “tanto” para eles, uma dádiva...e este pouco para a maior parte das pessoas, não é nada.
A diferença entre elas e eu, só vejo duas: são umas guerreiras. Eu luto para ter mais, elas lutam para serem “vistas”, compreendidas e aceites por um mundo que por acaso é de todos.
A segunda diferença é que “nós” temos tatuagens exteriores e elas...“tatuagens” interiores, imersas em ecos gigantescos, com movimento...e sem cor.
Uma reflexão para “nós” seres perfeitíssimos: No lugar do coração muitas vezes temos uma pedra de gelo...é bom tirá-la, ou deixar essa pedra gélida derreter.
Tenho dito!

Tila de Oliveira

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um olhar...

È atrás dum olhar que encontramos tudo. Mas nem todos conseguem ir ao lado de lá deles. Uns porque são distraídos, outros porque olham mais para si mesmo e outros preferem as palavras. Num olhar há uma vida que ás vezes não é a mesma que as pessoas vivem. O meu passatempo preferido é observar, e é nestes "rasgos" de observação que ao longo da minha vida , encontrei vidas que não correspondem ao mundo que encontrei no lado de lá dessas pessoas. Muitas vezes "pego na mão" desses seres e "levo-as" a conhecer o seu mundo com as suas memórias. Ficam gratas , quando conseguimos viver um pouco dentro das suas vidas. Um olhar é como um filme, mas isento de legendas, som, plateia...e principalmente sem histórias "do faz de conta"!


Hoje apeteceu-me escrever sobre olhares que "falam": )

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Para ti....

Para ti.

Na escrita encontro muitas vezes as palavras certas, na escrita perco-me e encontro-me.
Estas palavras são para ti e vão ficar por aqui mesmo...não existe uma morada para onde as possa enviar. Mas sei que estejas onde estiveres, as vais sentir, não sei como...mas acredito que sim.
Tu és, sim és...para mim fizeste apenas uma viagem, e quando gostamos de alguém elas continuam vivas dentro ...de nós. Falar de ti, “falar” para ti, lembrar-te...é manter-te nas nossas vidas. És daquelas pessoas que vale a pena conhecer. Dizem que Deus leva para junto de Si os bons, não vou por ai...ou se calhar até posso ir...não sei, porque pessoas boas precisamos neste mundo infectado de parasitas andantes. Esta viagem foi feita cedo demais, nunca saberemos o porquê, nem vou questionar mais isso, nada muda. O “porquê”, “como”, “se”...nada mais importa. Interessa sim, o que semeaste dentro de nós.
Cada vez que penso em ti, que é o dia todo, o que “vejo” é o teu sorriso, o teu ar bem disposto, o andar...tudo. Se fechar os olhos consigo ouvir-te, isto mostra a dimensão dos laços que une as pessoas. Consigo visualizar na perfeição a tua imagem quando me vias, soltavas um sorriso, dizias umas piadas sempre ladeadas de um humor ímpar e dizias o meu nome duma forma especial...tilita:) Poucas pessoas me tratam assim...tu apelidavas desta forma. Há pessoas que passam na nossa vida e ficam para sempre... és uma dessas. Vou lembrar-te duma forma especial, recordar-te de forma real e no presente...nunca num pretérito perfeito...penso que é assim que queres ser lembrado. Devemos homenagear as pessoas quando as temos, talvez eu esteja a fazê-la demasiado tarde, mas se eu sentia o carinho especial que nutrias por mim e vice-versa. ...desta forma, não é tarde demais para dedicar estas palavras.
Quase todos os dias á noite procuro duas estrelas no céu, as mais brilhantes e as maiores...agora procuro três, e encontro sempre. Todos temos uma luz dentro de nós, todos somos estrelas de alguém de certa forma. A diferença entre as estrelas terrestres e as outras que estão penduradas no céu, é que essas estrelas embora distantes e intocáveis, brilham muito mais, são perfeitas, lindas, únicas e por incrível que pareça, tenho a sensação que ao olhar para essas estrelas...fico serena, acompanhada e sem medos...sinto que são o meu “norte”! È uma tela límpida e soberba.Há muitos anos atrás encontrámos-nos, convivemos até há uns dias ...e agora separámos-nos. Separámos-nos fisicamente apenas...fizeste a tal viagem que um dia todos vamos fazer, não sabemos é quando. A vida é como uma viagem com várias paragens, uns ficam, outros entram, outros continuam e saem mais á frente....é isto a vida. Foi numa dessas viagens que eu entrei e tu já lá estavas há 2 anos, tu saíste e eu continuo...mas não sei onde vou sair e embarcar na tua.
Rui Veloso numa musica diz:” È mais aquilo que nos une que aquilo que nos separa”! Contigo é muito o que nos une, a única coisa que nos separa é a distancia...nada mais.
Nunca me vou esquecer de ti... e se nesse lugar não houver nada que te possa impedir de nos esqueceres, acredito que estejamos todos no teu coração... e cabemos todos, porque o teu centro de emoções não tem tamanho...
Não vou dizer adeus...porque adeus diz-se aos mortos , e tu para mim não morreste. Vou dizer apenas...até um dia.
Um beijo com carinho no teu coração.
Nunca mudes...estejas onde estiveres.
Uma promessa: não vou deixar agonizar a tua passagem por aqui.

Um xi da Tilita...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Para Pensar...

Gosto de observar pessoas, dai gostar de escrever sobre elas. Ao tentar entendê-las e descodificar o que vai na mente de muitas, sinto que estou num patamar muito mais alto. Não me estou a referir a inteligência, estou a “falar” da índole das pessoas!O ser humano ás vezes é um ser tão irracional! Hoje em dia vivemos numa sociedade “fechada”, virada para si mesma...os laços mais sublimes tendem a desaparecer. Estou a falar de sinceridade, honestidade, lealdade...qualquer dia estas palavras existem apenas no dicionário. O ser humano parece que cada dia que passa, tende a tornar-se mais frio, insensível ...o que é estranho. Devíamos diariamente fazer uma auto-analise e melhorar o que de menos bom fizemos...eu faço essa pausa e bastam 15m do nosso dia. Por esta razão, posso melhorar em algo. Se nos conhecermos melhor a nós próprios, acreditem que julgamos menos e desta forma entendemos melhor os outros. Se tivermos bem connosco, estamos bem com o outro que por acaso é um ser humano como nós, que muitas vezes precisa apenas de ser ouvido.

Se com estas palavras, uma ou outra pessoa ficar a pensar no que leu, já fico contente...viver também é fazer com que as nossas palavras sejam ouvidas. Eu aprendi o Pai-Nosso, porque todos os dias“obrigavam-me” a dizê-lo...e hoje com 46 anos ainda o sei e o significado do mesmo. Desta forma, se todos os dias praticarmos mais ações benignas e fazer com que sigam os nossos exemplos...somos mais felizes e talvez alguém olhe para nós e sinta que é esse o caminho a ser seguido, acreditem. Eu sinto-me serena, em paz comigo e com a vida, porque tenho noção que enquanto as pessoas perdem tempo a ter ódio e raiva das outras, elas não têm tempo para se focarem em quem gostam. Com tudo isto, pode parecer que estou triste, em baixo ou a falar de alguém que me desiludiu! Nem pensar!Nada disso! Pelo contrário, estou “Zen”. Só não perco tempo com futilidades e infelizmente sei que, se deve viver a vida como se fosse o ultimo dia, porque um dia ele chega! E também sei que poucas pessoas têm a ousadia ou tempo para escrever e pôr isto nestes “facebook´s”...não há tempo, nem se pensa nestas coisas. È por esta razão que digo: eu não sou diferente...os outros é que são todos iguais:) . Treinei a minha mente direcionada para o optimismo e em arranjar soluções, e quando surgir algo menos bom, raramente penso nisso no dia, porque se fizer algo nessa altura por norma sai tudo ao contrário. Costumo dizer que tenho os sono dos anjos, não levo problemas para a cama...não os resolvo. E no dia seguinte o “problema” tem uma dimensão muito menor que no anterior! Estou errada?! Acho que não...
Façam alguém feliz, sorriem.
Pensem que, quando apontamos os dedos a alguém, temos três apontados para nós...por isso, deixo um desafio: descubram o melhor das pessoas. Vão ficar surpreendidos pela positiva se calhar.
Os meus 15m de reflexão, foram estes hoje...deixar estas palavras.
Não se esqueçam de serem felizes e em vez de se fixarem no menos bom das pessoas, descubram o melhor delas.
Para reflectir: As pessoas boas continuam “vivas”, mesmo depois de fazem a tal viagem sem volta.
Não sejam otários/as...construam pontes em vez de muros á vossa volta.
Um beijo a quem “me leu”.

Tila de Oliveira

domingo, 15 de janeiro de 2012

15-1-66. Hoje faço anos:)

15-1-1966

Foi neste dia e ano que nasci. Foi há algum tempo... 46 anos.
Fazer anos sempre gerou em mim emoções indescritiveis. Adoro fazer anos!
O entusiasmo é o mesmo de quando fiz 18, 20 ou outro aniversário com menos idade que a actual.
Se “pesa” um pouco? Sim...dá para pensar um pouco, mas se pensar muito nesse tal “peso”, não aproveito, nem vivo os meus 46 anos...que só os faço uma vez na vida.
Hoje liguem-me, enviem-me postais ou cartas. Quero beijos, abraços, flores, olhares cúmplices, frases do tipo:”gosto de ti”, “fazes-me falta”... sim, hoje quero ouvir e sentir tudo isto, mas vindo de pessoas que nutram mesmo um sentimento forte para comigo.
Deixem-me viver os 46 anos á minha maneira. Com todos os meus despropósitos saudáveis, com os meus risos sem som, expressões á “kota”, instantes de loucura...momentos de desconfiança. Gostem de mim com todos os defeitos e virtudes que me são inerentes, afinal são esses aglomerados de adjectivos que vincam a minha personalidade.
Hoje faço anos...46. È o meu dia.
Vou oferecer-me prendas, mimar-me mais que qualquer outro dia, manter se possível um sorriso no rosto o dia todo, vou estar com o maior numero de pessoas que gostam de mim, fazer apenas o que gosto...hoje, ninguém consegue depositar qualquer tipo de sentimento menos bom dentro de mim...porque hoje faço.
Hoje, fechem os meus defeitos numa gaveta e olhem apenas para as minhas qualidades. Não me apontem erros, nem julguem opções menos próprias, hoje estou de férias para esse tipo de propósitos.
Os 46 anos de vida fizeram de mim este ser humano que conhecem, uns gostam, outros nem por isso, outros têm inveja, outros julgam. Para uns sou um anjo, outros um “diabinho”, para outros não sou ninguém, para outros uma referencia de vida...enfim, sou muita coisa para diferentes pessoas. O que sou é fácil, mas muito poucos conseguem ver quem vive atrás do meu olhar. À tal pergunta: “ O que dizem os teus olhos?”. A resposta é simples: Entra no meu olhar e faz uma viagem comigo sem perguntas.
Obrigada a todos aqueles que gostam de mim.

Tila de Oliveira

sábado, 14 de janeiro de 2012

O dia é amanhã:)

Amanhã faço anos...
Oh pá, repartem comigo a alegria que sinto. Pareço que faço 18 anos, eu sei, mas não consigo esconder estes sentimentos que assolam a minha mente.
Falta um dia...para fazer 46 anos! Sinto o meu corpo aos pulos, o coração na boca, o sorriso prostrado no rosto...e eu que nem sei rir. È estúpido talvez...mas na minha idade tudo é permitido:)
Estou contente, extasiada e até um pouco tolinha...sim, só porque faço anos:)
Sou assim! Um dia quando fizer a tal viagem sem bilhete de volta, nunca se esqueçam de comemorar o dia 15-1 em grande:)
Um beijo e até amanhã:)

Tila de Oliveira

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Faltam 2 dias...

Faltam 2 dias...
Faltam dois dias:) Não cabo em mim com tantos sentimentos benéficos á solta!
Não consigo redigir o que sinto...as palavras não deslizam no teclado como nos outros dias, ficam no pensamento e não as consigo transladar para o computador. Mas mesmo que conseguisse não iriam “ver” a cor delas, não sentiam o “sabor”das palavras , muito menos o entusiasmo com que foram escritas.
Então, fico por aqui...posso apenas dizer que no meu dia, quase consigo tocar na felicidade e momentos infelizes não existem. Acho que com esta frase descrevi o que é para mim fazer anos:)
Às minhas pessoas especiais, obrigada por existirem.

Venham de lá os 46 anos Carago:)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Faltam 3 dias:)

Faltam 3 dias...

Quase que nem consigo dormir. A pulsação bate tão aceleradamente e forte que quase a consigo ouvir. Quero dormir para o meu dia chegar rápido, mas por outro lado não quero , porque viver estas emoções que antecedem o meu aniversário, são de igual forma ímpares e têm de ser vividas minuto a minuto.
Ainda bem que fazemos anos de ano a ano, porque esta alegria que sinto dentro de mim, quase me sufoca. Não consigo pensar direito, não me consigo concentrar ...estou toda assadinha :):):)
Venham de lá os 46 anos:)
Um beijo a todas as pessoas que fazem parte da minha vida, um beijo a todos aqueles que entraram nas minhas “histórias de vida”, e com a presença deles fizeram de mim uma mulher cheia de vivências e histórias com pessoas dentro. Não interessa com quem vou passar fisicamente o meu dia de anos, o que importa é o numero de pessoas que vão estar comigo em pensamento a desejarem-me o melhor do melhor. Obrigada a todos aqueles que me fazem levantar todos os dias de manhã e presentearem-me com palavras, afectos e acções indescritiveis. Não me posso queixar da vida! Sou uma sortuda. Ladeiam comigo pessoas muito especiais , logo sinto-me e fazem-me também especiais.
A quem gosta de mim, um beijo e um xi apertado. A quem não gosta...oh pá...temos pena:)

Tila de Oliveira

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Faltam 4 dias:)

Faltam 4 dias...

Sim estou a contar os dias para o meu grande dia, porquê? Não posso? Há pensei.
Chamem-me tolinha! Uma semana antes já ando possuída com o facto de fazer anos. Depois, na semana seguinte continuo meio “aparvalhada” na pele de mais um ano...neste caso os 46!
Este ano o meu dia calha num Domingo, se importa? Nadinha. O que interessa é que ganhei mais um ano na minha vida e não o contrário como a maioria das pessoas pensam... mais um ano! Nem pensar.
Se gostava de ter menos? Claro e fico fodida quando dizem que não. Sim fodida, porque ninguém quer ser velho. Li há muitos anos:” a velhice é a preparação para a morte”! Então como podem dizer que não gostavam de ter menos. Fico também danada quando dizem: Quem me dera ter 20 e ter a sabedoria que tenho”! Outra asneira! Eu posso ter sabedoria também aos 20!
Conclusão: queria ter menos,claro, mas como não posso... paciência. Vivo os que tenho e da melhor forma que sei. Fazer-me feliz....é o meu lema de vida. Ponto.
Bora, venham de lá esses 46 anos:)

Tila de Oliveira

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Falta pouco:)

Faltam pouquinho:)
Como é possível tudo em mim se transformar quando o meu aniversário se aproxima?!

Tento explicar a quem me rodeia esta exaltação benéfica...mas sinto que poucos sentem o entusiasmo que emana dentro de mim.
O meu dia aproxima-se, e quer entendam ou não este estado de felicidade, eu mais uma vez vou viver o meu dia em grande. Faltam 5 dias...mas já sinto o cheiro do dia em mim.
Vou fazer 46 anos...são alguns, mas para quem quer viver até aos 150...sou uma jovem:)
Venham de lá esses 46 anos. Bora lá vivê-los:)

Tila de Oliveira

sábado, 7 de janeiro de 2012

2012

Em 2012, quero concretizar parte dos meus objectivos, "rasgar" momentos que me fizeram chorar, pôr em estantes bem altas pessoas que me magoaram, virar páginas dos dias menos bons.
Este ano, não quero fazer muitas promessas...quero apenas atingir metas sem grandes stresses e não vou dividi-las com qualquer pessoa. Não vou ter "pena" de virar as costas a quem me trai e magoa. Quero o melhor para mim, para desta forma passar o melhor do melhor ás minhas pessoas especiais.
Venha dai 2012, vou vivê-lo com toda a intensidade possível. Quero ser uma pessoa melhor, ter mais sucesso, ladear com pessoas integras e personalidades fortes e claro...com muita saúde.
Vamos lá viver 2012.

Tila de Oliveira

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Numa fotografia fica tudo o que não foi dito...


Hoje é o teu dia e tal como eu...adoras fazer anos. No nosso dia queremos que todos se lembrem de nós, que estejam presentes as nossas pessoas especiais. Queremos abraços, beijos, telefonemas, cartas, flores, prendas, mimos,brindar, dançar,sorrisos,...queremos tudo no nosso dia.
Conheci-te há mais de uma década e guardo apenas o melhor de ti. Contigo fui Bó sem ser Mãe, um feito inédito:)
O Rui Veloso disse "que é mais aquilo que nos une que aquilo que nos separa", mesmo com todas as vicissitudes...ele tem razão. Há laços que não quero desfazer...momentos que a minha memória não quer aniquilar. A minha vida é feita de "histórias com pessoas dentro."
Hoje, é o teu dia. Um pouco meu também...
Descrever o que desejo para ti? Não consigo...
Mas se tu fizeres uma viagem interior e fechares os olhos, vais conseguir ouvir os meus pensamentos.
Parabéns “netinha”. Um beijo e um xi da “Bó”.

                                                                      Tila de Oliveira

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Não se explica...

Se estiveres a pensar em esquecer-me...esquece-me devagarinho.
Há pessoas que ficam em nós e nem sabemos como nem porquê...ou se calhar até sabemos. Nutrimos por elas um sentimento desmedido...inalterável.

Tila de Oliveira

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Pensamento...

Caraças! Aliás nem é esta palavra que me apetece soletrar, mas sim, aquele palavrão que começa com um “F” e finaliza com um “E”, onde no meio tem lá um “D”.

Hoje o pensamento deixou-me no presente e partiu em direção ao pretérito perfeito. Desarrumou memórias, inquietou recordações... subiu estantes repletas de arquivos, escancarou caixas...! E eu não o consigo deter, devido á sua destreza...
O pensamento tem a coragem de invadir lugares em dias que não quero ou receio ir...há dias assim.
Ele voa. Ele vai. Ele trás e deixa comigo emoções tingidas de alegria, angustia, tristeza, sabores, odores, revolta...duvidas, interrogações...saudades.
Às vezes viajamos juntos, outras alturas não...muitas vezes ele vai e deixa-me ficar, outras...vai sem eu dar conta.
O pensamento é a companhia que nunca nos abandona... mas ás vezes é fodido... martela-nos a cabeça duma maneira que ficamos exaustas. Ttambém nos presenteia com momentos únicos...quando trás para o presente instantes ímpares e nos cola um sorriso nos lábios ou um olhar cintilante coberto de magia.
O pensamento é a nossa voz calada, o olhar que nos guia na escuridão...as asas quando os pés não exercem movimento para caminhar em frente... ele é simplesmente tudo aquilo que somos ou ambicionamos ser.
Ele nasce e morre connosco... tem a nossa idade! Ou talvez mais um pouco! Se calhar é o ultimo a agonizar, falece depois de nós...para não nos deixar ficar sozinhos...quem sabe!
Não tem rosto...não tem nome...não tem cor...mas tem indôle.
Tem personalidade, sentimentos...e um abrigo seguro...nós mesmos!
Definir o meu pensamento?! Não consigo...mas sei que é a razão da minha lucidez. È ele que todos os dias berra dentro de mim, que viver faz sentido e que a vida sem mim...não tinha qualquer interesse:)

Tila de Oliveira

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Gostava...mas enfim...

Gostava que ficasses um dia imóvel , sem pensares em nada, sem tirares qualquer ilação antecipada, sem julgares…e sentires que no fim de tudo, todos os dias o meu pensamento vai ao teu encontro. Tanta volta que a vida dá…mas o coração, o coração não precisa dar tanta reviravolta…o bater dele parece que soletra cada letra do teu nome. Há coisas que me entristecem e quando não há palavras para exprimir um sentimento…sinto a minha própria respiração abafar-me.

Talvez um dia eu consiga escrever o que me vai na alma…quem sabe.

Tila de Oliveira

terça-feira, 14 de junho de 2011

Será loucura?!

Minha estranha loucura...
Minha estranha loucura é olhar nos teus olhos e ver-me no teu pensamento.
Estranho será não acontecer...
Loucura é quando esse dia chegar...

Tila de Oliveira

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Talvez...me veja

Estou confortavelmente sentada a escrever …para quem ? Para quem me quiser ler….!

Há dias que me sinto um livro completamente escancarado sem querer, parece que tenho tatuado
no corpo palavras, frases… é só ler. Eu própria “viro a página” com um simples suspiro.
Apetece-me verbalizar asneiras, agarrar no pensamento e desligar-lhe a “ficha”.
Apetece-me aquele abraço, ouvir a tal palavra ou frase certa para este momento estúpido. Apetece-me
pegar na tua mão e entrelaçá-la na minha, sentir os teus passos pisar as minhas pegadas sem
deixar rasto. Apetece-me fugir, apanhar-me e bater-me…
Estou assim porque, queria olhar para ti e ver –me no teu pensamento…
Hoje estou parva… nem consigo ser boa companhia para mim...
Apetece-me dizer aquele palavrão que começa por um “F”, acaba com um “E”… no meio
anda lá um “D” e tem que ser bem pronunciado…
Espero que esta “coisa” passe…e o remédio ideal era mesmo…olhar para ti e ver-me no teu
pensamento.
Hoje é daqueles dias em que, as cores do arco-íris estão embaciadadas….tenho de lhes dar
brilho, né? Que remédio….
E talvez eu me veja no teu pensamento….ao olhar para ti…

Tila de Oliveira

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Arrogancia?! Mania?! Não acho...

A minha vida sem mim? Impossivel...

Há coisas que não saberia ultrapassar, se não me tivesse a mim. Prepotente, arrogante? Não! Quem diz isto, são apenas pessoas que conhece bem a pessoa que vive dentro de nós. Sei de cor todos os defeitos, vitudes...manhas...

A minha vida sem mim? Impensável!




Tila de Oliveira

domingo, 13 de março de 2011

Queres? Vamos?

Tenho um bocado de emoções para repartir contigo. Queres?
E partilhar o que nos vai na alma? Vamos?
As palavras têm tanto significado para mim, que muitas vezes me sinto dentro delas...e este "queres" e este "vamos", já lhes sinto o cheiro, o paladar e o toque...
Quero viver acordada para tudo. Se queres...vamos.

Tila de Oliveira

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pense nisto...

Li em algures que:" Apesar de vivermos em sociedades livres, há mais "escravos" hoje do que no passado. Só que a "prisão é interior"
Concordo perfeitamente com esta frase!


Tila de Oliveira

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Só não é assim se não quiserem....

Se fizeres mil coisas boas a uma pessoa e uma menos boa, as pessoas lembram-se apenas da menos correcta.
A semana passada numa conversa entre colegas, referia isto mesmo. Disse que já tive algumas desilusões, mas que essas pessoas continuavam dentro do meu centro de emoções, proporcionaram-me momentos agradáveis, muitas vezes foram o ombro que eu precisava numa determinada altura da minha vida. Limparam lágrimas,  ouviram e estiveram ali quando muitas...simplesmente ignoraram o meu estado. Guardo sempre o melhor das pessoas e tento todos os dias transmitir isso a quem me rodeia. Se estas pessoas nos presentearam com tanta coisa nobre, porquê recordar uma situação que foi mais infeliz? Quem não fez coisas impensáveis na vida? Quem nunca errou?
Ficaram a olhar para mim e no final concordaram comigo, mas disseram que nem toda a gente tem esta capacidade de ver assim as coisas!  Discordo! Temos capacidade e inteligência...o que acho é que, o ser humano não perde um "tempinho" que seja a pensar nos outros.
Quem nunca fez algo menos correcto a alguém? Há situações e situações, mas "julgar" e não saber porque o fizeram, tentar saber o motivo...não aceito. Para apontar o ser humano está sempre pronto, mas para ouvir e entender os factos...não perdem muito tempo.
Sim, guardo o melhor das pessoas, sou assim e nem quero mudar. Se sou burra?! Pode ser a opinião de alguns, respeito...mas não quero mudar. Não alimento sentimentos como o ódio ou raiva...a vida é curta demais.
Sou um ser humano que já falhou, errou e magoou...quem nunca o fez? Atirar pedras? Não, pode cair alguma em cima de mim! Apontar? Quando apontamos , temos 3 dedos virados para nós!
Esqueçam as coisas menos boas, só não é assim se não quiserem.
Guardem o melhor das pessoas...pensem nisto.

Tila de Oliveira

sábado, 15 de janeiro de 2011

Hoje faço anos...45:)

Hoje faço 45 anos! Nasci há 16425 dias atrás…
Sim, muitos para quem tem 17, 20 ou 30 anos…poucos, para quem tem o dobro da minha idade!
Fazer anos é algo sublime, não consigo descrever nem encontrar palavras para definir os sentimentos que assolam o meu íntimo. È o meu dia! Sinto-o sempre duma maneira ímpar.
Neste dia parece que todas as minhas alegrias, planearam antecipadamente juntarem-se e surpreenderem-me, possuindo todo o meu ser. Se fechar os olhos, visualizo a azáfama delas em agruparem-se e caminharem silenciadas ao encontro do meu pensamento. Depois…depois, derramam em mim o que vivi de bom e o dia fica extasiado de sensações soberbas. È os “parabéns a você” na primeira pessoa! As melhores dádivas que posso adquirir, são estas vivências que existem dentro de mim e que ninguém pode abolir. Tenho uma memória selectiva e extensa… instantes enaltecedores ladeiam diariamente no meu centro de emoções, mas neste dia…surgem todos anexados.
Hoje mimo-me com prendas, agradeço a quem associa este dia apenas a mim e congratulo em pensamento quem me concebeu.
Gosto muito e tanto de viver! Não me sinto com 45 anos de idade…estupidez?! Que seja…mas hoje posso tudo.
Sinto que:”uma vida para mim é muito pouco”, já verbalizei diversas vezes esta frase e continuo a admitir que é reduzida demais para o que ainda anseio realizar. Nos meus sonhos acordados não tenho idade…subsistem sim, metas e horizontes a abranger, como se tivesse um longo caminho ainda para viver.
Faço 45 anos, sim… 45. Olho para trás uns “dias” e parece que tinha 20. O tempo passou por mim ou eu por ele sem dar conta, passou a uma velocidade indescritível, por isso os meus conselhos são sempre os mesmos: façam tudo para serem felizes, não vale a pena perderem tempo com futilidades, digam ás pessoas especiais o quanto são importantes e imprescindíveis na vossa vida …um dia pode ser tarde. Já me consciencializei que todas as pessoas que amamos… um dia morrem.
Mas, hoje faço anos, por isso liguem-me a desejar feliz aniversário, não me apelidem de velha…abomino! Aceito kotinha e com carinho! Quero beijos e abraços autênticos, enviem-me cartas ou postais…porque hoje é o meu dia e sinto-me especialmente afortunada.
Sei que, ano após ano as rugas apropriaram-se da minha pele “polida” e extraíram o brilho dela! Sei que, com estes 45 anos a adolescência e juventude já foram …mas o que posso fazer?! Nada! Não vou dizer que “aceito” com generosidade esta certeza, é-me complicado fazer “conciliações” com o tempo! Sei que, pouco a pouco vai retirar-me faculdades sem a minha permissão, mas há coisas que não podemos controlar…e fazer parar o tempo é uma delas. Li há muitos anos que “a velhice é a preparação para a morte”, esta constatação então, é de uma veracidade absolutamente penosa e problemática de admitir. A vida fascina-me…a morte atropela-me por completo todos os sentidos. Não existe qualquer eufemismo que possa substituir esta palavra.
Mas hoje faço anos, e viver um dia de cada vez com intensidade, generosidade e humildade é o meu lema. Para quê pensar no amanhã…se tenho o dia de hoje para estar contigo, para dizer “gosto de ti”, para subir mais um degrau …enfim, para viver!
A todos os que me fazem feliz, obrigada por existirem. Sou uma privilegiada!
A minha história de vida faz sentido pelo percurso que fiz e faço, pela persistência e resistência ás vicissitudes da vida. Faz sentido porque tenho amigos singulares, uma família que não trocava por outra… pessoas que tiveram a coragem de permanecer até hoje comigo, aceitando os meus meios sorrisos, defeitos que tento e quero mudar, aceitando as minhas falhas.
Já referi inúmeras ocasiões, que toda a gente deveria escrever um livro, eles conseguem tocar onde as palavras e gestos nem podem chegar…á alma.
Todas as minhas histórias escritas estão guardadas em gavetas, dando lugar a livros inacabados… simplesmente, porque não sei pôr um desfecho nestas narrações. Eu e estes seres dum carácter supremo que me fizeram companhia até hoje, fazem com que “estes volumes” tenham vida …e são eles que me fizeram acreditar que é bom viver e que uma vida é demasiada pequena para mim. Talvez um dia alguém os finalize…quem sabe.
Hoje faço anos, corram o “pano” do meu olhar e entrem para lá de tudo…não é preciso magia para penetrar neles…basta observarem. Vão descortinar que debaixo desta cobertura de 45 anos, existe muito mais que uma idade ou um tempo. Existe uma vida, muitas histórias e um olhar que se desnuda quando os vossos olhos caminharem sobre os meus.

Hoje faço anos e continuo a crer que: vencer é o que sei fazer de melhor! Existem pessoas assim: ousadas e com sede de viver…eu sou assim:

Tchau vou ser feliz :)
Tila de Oliveira

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Olá 2011...

          Entro em 2011 com os dois pés bem assentes. O que desejo? Tudo a que tenho direito:)
Gosto deste número, acho-o elegante. Recebo este ano como todos os outros…braços bem abertos, coloco o melhor sorriso e ai estou eu… pronta para agarrar e vencer todos os desafios que se cruzarem no meu caminho. “Bora lá” sonhar, agir, lutar e vencer!

        Um bom ano de 2011!

        Tila de Oliveira

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Olá Pai Natal.


Pai Natal, ainda recordo os tempos em que escrevia cartas, épocas que acreditava existires. Lembro-me que não colocava as cartas no correio, deixava-as na lareira e nem precisavam de selo…
“_ As cartas chegam lá, não te preocupes”. Pronunciava a minha mãe.
Confiei durante anos, que um senhor de barbas brancas vinha pela chaminé, repleto de prendas presentear-me. Realizavas os sonhos que solicitava nas minhas cartas, de certa forma. Quando as redigia, colocava a melhor letra e pedia pouco, achava que ficavas estafado se pedisse muita coisa. Sempre te “conheci velho” e como tal, ficava enternecida só de imaginar as casas que tinhas de percorrer e ainda por cima, ninguém podia ver-te!!!
Afinal, era tudo uma utopia…
Quando me apercebi que afinal tudo não passava de um equívoco…questionei-me! As cartas que escrevi, onde estavam? O que solicitava, eu tinha…então quem concedia os meus desejos?
Desilusão …foi o primeiro sentimento que bateu na porta da minha alma! Deparei com a verdade duma mentira tão longa.
Eu gostava daquele Pai Natal de barbas brancas e olhar meigo! Fizeram-me acreditar que existia… e não concebia a ideia, que esse velhinho “vivesse” somente nas histórias de Natal. O Pai Natal na realidade, era o meu Pai, a minha Mãe, os tios, tias…amigos! Todos menos o tal velhinho que tanto gostava.
Com o passar dos anos, esta constatação passou para algo sublime. O Pai Natal existe mesmo, não é lenda, não há desapontamento nenhum…ele é real e caminha entre nós todos os dias.
Dentro de nós há um Pai Natal, se quisermos.


Tila de Oliveira


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma história de amizade...

"Uma História de amizade…

Todos temos dois lados, um bom e outro menos bom. Mas, o que quero realçar e redigir hoje, é apenas o teu melhor.È esse lado que quero reter e viver nele.
Hoje queria contar uma história de amizade, sobre uma amiga que me fazia perguntas e onde tinha de saber todas as respostas, uma história sobre uma pessoa em que o sopro da minha vida, vinha muitas vezes das suas palavras, dos seus gestos e dos seus afectos.
Com esta amiga, observei muitas vezes a alma teimar-lhe em escapar, porque não queria continuar a caber no seu corpo.
Muitas vezes senti-me impotente por não poder escolher outro sofrimento para ela…muitas vezes queria suplicar ajuda, mas muitas dessas palavras morriam antes de as pronunciar.
Tudo acaba…e quando acabam, para onde vai tudo? Para onde vão todas as coisas? Quantas vezes os meus braços te abraçaram? Muitas? Mas talvez insuficientes para uma vida inteira…
Quando pronunciavas o meu nome, ouvia-me no teu coração. Quando te via mal, o que queria era ser capaz, de contar-te uma história, uma por noite, todas as noites…cada uma mais linda que a anterior. Quando me dizias “Bó gosto muito e tanto sem tamanho”, sentia-me engrandecer, parecia que uma coroa se instalava na minha cabeça, sentia-me uma rainha… e olhava-te na alma.
Eu queria contar uma história de amizade…
Na minha mente tenho essa história, com princípio e sem fim…talvez.
Nela consta palavras ditas... que por outros mencionadas não significam o mesmo.
Na minha mente essa história tem cor e movimento, tem uma essência que não é camuflada… os choros e as alegrias são sentidas no limiar de cada sentimento que lhe é inerente.
Eu queria contar uma história de amizade…mas não quero. Como alguém disse e muito bem: o silencio, permite-nos ter uma vida por dentro! E nestes silêncios, tenho histórias para recordar e muitas vezes sinto que quase posso tocar nas suas personagens.
No final duma das minhas histórias, quase que podia terminar com um final tipo: mesmo afastadas, caminharam pelos dias com a consciência uma da outra, uma lembrando-se da outra a propósito de nada... e a outra guardando sempre algo que lhe ocorresse para lhe dizer mais tarde.

Parabéns pela história de amizade que me proporcionaste."

Feliz aniversário...
Tila de Oliveira

domingo, 21 de novembro de 2010

Apetece-me...ou talvez até não...

Há dias em que me apetece escrever desalmadamente... palavras esvoaçam dentro de mim sem qualquer pontuação. Um vómito de frases extasiadas de paixão, ladeado de pensamentos inconfidentes... recai no meu peito. A inquietação instalasse, seguida de um abrasamento inexplicável.
Vou ficar pela vontade de escrever, mas, desalmadamente vou querer ouvir as frases que ecoam dentro de mim e descodificá-las sozinha ou contigo.

Tila de Oliveira

Uma história num olhar....

Entro como se viesse sem ter chegado.
O sentimento que envolve é uma ausência num interior escondido, olhas-me sem me conseguires ver. Sinto uma intensa manifestação no olhar,que oscila entre a pressa de se mover sem rumo e a destreza de contemplares o teu vazio. Mistura os meus olhos com os teus e fica, como se nunca chegassem para repousar neles.
Não deixes morrer nenhuma lembrança,mas mesmo que desejasses, irias sempre ouvir o meu pensamento. Nos teus olhos vejo coisas que não posso tocar, mas posso trazê-las comigo e senti-las.

Tila de Oliveira

sábado, 25 de setembro de 2010

Guardem o melhor de mim...

Vários sentimentos vagueiam em mim…
A cidade que me acolheu á 19 anos, agora também se despede.
Noto a cidade diferente e até um outro olhar nas pessoas…como que sentissem o meu aperto e como que a desejarem …boa sorte.
A minha casa parece mais silenciosa que nos outros dias, sinto que se “calou”, para me deixar sozinha com as lembranças. Em cada divisão “vejo” histórias, jantares com pessoas animadas, murmúrios de confidências que aqui decorreram…quase que oiço gargalhadas e sorrisos contagiantes, choros de alegria e tristeza… consigo quase sentir abraços e beijos dados por pessoas especiais… visualizo ocasiões ímpares.
Quando fechar esta porta, tudo isto vai permanecer aqui, intacto…são as minhas histórias, e todas agregadas datam quase vinte anos de vida aqui.
Esta cidade deu-me a conhecer pessoas peculiares, transformaram alguns dos meus momentos menos bons em instantes aprazíveis, devido á grandeza de saberem amar. Muitas vezes ouviram os meus choros com nós nas suas gargantas, festejaram comigo aniversários e vitórias, deram-me a mão quando me senti mais frágil, arrancaram sorrisos rasgados a uma pessoa que quase nem sabia rir. Recebi abraços onde a intensidade deles não se decifram…apenas se sentem.
Em Braga algumas destas pessoas, ensinaram-me a não ter medo, disseram-me que chorar não é sinónimo de fraqueza, que dizer “gosto de ti” é fácil de se pronunciar. Cresci interiormente, fiz amizades para toda a vida, ganhei uma “mãe adoptiva”. Aqui fui “” sem nunca ter sido mãe, fui ouvida e admirada, tive sucesso e reconhecimento profissional, tive paixões intempestivas e um amor quase como o primeiro…nesta cidade, tive o privilégio de experienciar intensos sentimentos. Se fechar os olhos, sem um drambuie na mão e mesmo sem dançar…consigo trazer até mim apenas o muito bom que estas pessoas e esta cidade me proporcionaram viver.
O menos bom, serviu para fortalecimento pessoal…de onde tirei imensos ensinamentos.
Sei que nesta viagem, as barragens dos meus olhos vão abrirem-se sem autorização e aliado a tudo isto, uma saudade desmesurada. Mas tenho que seguir a estrada…sou uma guerreira e ninguém me tira esse rótulo. Sei que a tristeza vai invadir todos os recantos do meu ser, mas a destreza do meu pensamento vai impor-se a ela. Sei que o meu coração vai arrombar-me com batidas fortes e desmesuradas, mas a minha inteligência vai ter que calar todos esses ecos indesejáveis. Já vivo comigo há 44 anos, conheço-me bem…e para a nostalgia não se instalar em mim, tenho que superar todas as provas a que me proponho…e a meta é…recomeçar um novo ciclo e vencer mais uma vez.
Nunca gostei de partidas ou despedidas, aprendi que nessas horas não posso olhar para trás, senão é essa a imagem que fica retida em mim…
Desejem-me sorte!
Na minha nova cidade, espero encontrar pessoas especiais tal como encontrei em Braga, vou encher a minha memória de histórias, para um dia juntá-las ás que ficam dentro desta casa. Sinto que aqui fica sempre um livro inacabado, as histórias só têm um fim se quisermos…e aqui o fim não vai existir.
Aqui fui feliz e vou continuar a sê-lo, porque sei que para algumas pessoas vou permanecer viva dentro delas.
Guardem o melhor de mim…

Tila de Oliveira

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Levantem a mão, é dai até aqui...

Lá fora um sol estonteante, e dentro de mim um brilho cinzento que percorre todos os meus sentidos. Eu que adoro dias de sol…
Sinto uma saudade desmesurada, ainda pairam cheiros, olhares, gestos, sorrisos, abraços em tudo o que me pertence…é uma saudade que dói.
Viajo dentro de mim e pouco a pouco vou guardando tudo em “caixinhas”! Mais prateleiras, mais etiquetas com datas e nomes, mais história…para juntar á minha história de vida. As pessoas fascinam-me, umas pela essência de que são feitas, outras pelos olhares que dá vontade de entrar e ficar lá, outras pela forma como tocam no fundo da nossa alma, outras pelos abraças que nos dão...como se soubessem há muito qual o nosso melhor abraço.
Pessoas…porque é que umas são feitas de “carnes movediças”, isentas de sentimentos ou expressões afáveis, e outras de infinitas afectividades benéficas?!
Sei que por detrás deste brilho cinzento, vai suscitar um arco-íris…é impossível pensar em tudo sem existir cor.
Levantem a mão…é dai até aqui o meu gostar.
Guardem o melhor de mim.

Tila de Oliveira

sábado, 10 de abril de 2010

Hoje á mesma hora no pensamento...

Hoje á mesma hora no pensamento? Isto, se as discordâncias de horários persistirem.
Se vieres, entra e fecha a porta devagar, dispersa no chão cada letra do meu nome.
Hoje quero ser o teu Abril, não vou deixar morrer nenhuma memória recente… em Agosto prometo que vou ter saudades tuas e talvez em Outubro não me esqueço de chorar por ti.
Amar é a maneira como nos tocam no fundo de cada sentido, não conta o tempo que persiste o encantamento, mas a intensidade do instante. Abraça-me nos meus silêncios, entende-me quando falo com o olhar e deixa as perguntas para quando já nada interessa.
E assim, talvez um dia escreva um poema para uma canção, inspirada nos encontros de pensamentos.
Hoje á mesma hora no sitio do costume e trás um pensamento também.

Tila de Oliveira

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Apenas repetir...

Para ter muitos momentos de felicidade, só tenho de repetir mais vezes o que me faz feliz.

Tila de Oliveira

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Hoje faço 44 anos..

Hoje estou de parabéns. Faço 44 anos!
Muitos para alguns, poucos para outros. Para mim são exactamente 16.060 dias, nem mais…nem menos!
Gosto de fazer anos, receber prendas, abraços e beijos.
Gosto de acordar cedo neste dia, observar o espelho e dedicar-lhe um sorriso de orelha a orelha. Desprezo as rugas, a flacidez e o embaciado da minha pele e como hoje nada me entristece, até o próprio espelho desiste de me impressionar com estes pormenores.
Neste dia gosto muito mais de mim, de ti e até daquele.
Gosto de receber um telefonema de quem está longe ou um postal mesmo que seja do vizinho. Gosto deste dia seja segunda ou sexta-feira, trovoe ou faça sol…gosto, porque gosto. Gosto de fazer anos…apenas e só isso.
Neste dia, gosto de me ouvir dizer:”gosto de ti”, mesmo que as medidas físicas não sejam as desejadas, com cabelos brancos ou pintados…gosto e pronto.
Neste dia nunca me deixo para segundo plano, sinto sempre saudades minhas e mesmo que vá embora de mim…vou-me buscar e aperto-me até me sentir.
Neste dia, o pensamento embate nas vontades e juntos sobrevoamos a aridez das pessoas sem causar apertos. Nada me entristece ou deprime…o dia invade-me duma forma inexplicável, enche-me de vaidade pela pessoa que ajudei a ser. Os defeitos passam a ser prioridades em diminui-los, as qualidades fica a promessa de multiplicá-las.
Neste dia, não gosto que certas pessoas se esqueçam do meu aniversário, digam que estou velha ou que tenha de trabalhar.
Hoje faz exactamente 16.060 dias que nasci. Dias que carregam histórias verídicas, umas que parecem tiradas de livros infantis, outras de filmes para adultos…
Se quero prendas hoje? Claro! Vou receber algumas como é óbvio, mas as melhores, serão sempre aquelas feitas de carne e osso, acompanhadas de essências especiais, com sentimentos verdadeiros e grandes doses de companheirismo, amizade e solidariedade nos momentos menos bons.
Nos meus 43 anos estabeleci metas e objectivos, fiquei aquém deles. A nível profissional estive longe do pretendido, errei muitas vezes, cruzei sem conta os braços, tolerei situações sem limites, acreditei que os milagres ocorriam sem contribuir com a minha determinação…desta forma, o meu desejo é que os 44 anos roube os sonhos não cumpridos dos 43…e os concretize agora. Ganhar para mim é como respirar e há muito que não sinto as batidas duma vitoria, coisa que abomino.
Entrei com a “casa” arrumada neste aniversário. Fechei janelas e portas, enclausurei-me e encaixotei mágoas, emoldurei retratos, rasguei cartas com promessas não cumpridas, escrevi muito sobre mim e outras pessoas, pintei paredes de laranja, esclareci dúvidas. A todos os “porquês” obtive respostas sem reservas e omissões. Consciencializei-me de alguns sentimentos, gostares ilimitados e actos inconcebíveis.
Hoje, sinto que os finais felizes podem ser histórias por acabar, nos sítios onde se conhecem pessoas também nos podemos despedir delas…e no fim pensamos sempre como tudo começou.
Nestes anos, constatei que uma paixão pode ter a duração entre a toma dum Beneron e outro, ou entre uma e outra ida ao psiquiatra. Que posso ser a roda bem mandada na boca de alguém, que uma mão entrelaçada na minha tem o poder de estremecer um corpo inteiro. Estou ciente que para crescer não tenho de sofrer, para aprender não tenho que errar. Li em algures e arquivei no pensamento: “ vive cada dia como se fosse o último, porque um dia ele chega”, fiquei a saber que Bob Marley proferiu:” Eu não sou diferente, os outros é que são todos iguais”! Passei a “conhecer” e a gostar de Napoleão Bonaparte quando proclamou e bem:” a bravura vem do sangue, a coragem do pensamento ”. Concordo com Paulo Coelho quando li: “existe uma linguagem para além das palavras”, e tal como Salvador Dali eu sublinho: “em cada manhã que acordamos, experimentamos novamente um prazer supremo… o da existência”. Ouvi dizer que a pior morte é a nossa, que o amor pode perdoar infidelidades, mas nunca deslealdades.
Cada vez mais acredito, que basta um segundo para se desmoronar algo, que uma mentira pode prevalecer mais que uma verdade, mas…mas continuo a achar que uma verdade varias vezes dita…um dia é descoberta.
Nestes anos aprendi isto e não só como é óbvio…e com o passar dos tempos, também fiquei a saber, que fazer anos é tirar mais um ano há nossa vida, mas mesmo assim…gosto de os fazer…e fica a promessa que me vou fazer feliz.
Hoje, dia 15-01-2010 levantei-me cedíssimo, fui tomar o meu café lá abaixo e decidi ir pelo elevador, sim porque uma vez por dia subo as escadas até ao nono andar. Mas hoje, o elevador está especialmente apetecível, ele não anda… desliza. Parece que faz questão de me transportar serenamente de andar para andar. Se calhar nos outros dias também, mas eu nem reparava. Desculpa elevadorzinho J
Agora vou direitinha para um lugar ideal e já estou atrasada…o ginásio, cuidar do corpo e da mente.
Hoje estou de parabéns… é o meu aniversário…faço 44 anos!
Hoje vou beber não para esquecer alguma coisa… mas para lembrar tudo.
Já desejaram viver para sempre? Eu já! E hoje posso tudo.

Um beijo da Kotinha ás minhas pessoas especiais :)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Estou estupefacta...

Estou estupefacta…
Hoje li um blog que me deixou de rastos. Pelo que estava escrito, pelo que acham e pelas mensagem que por lá deixaram…
As pessoas têm uma capacidade enorme de tirar conclusões precipitadas! Nem estou em mim ainda! Ver estampado num blog estúpidas suposições e comentários de pessoas que nem me conhecem! Estes cantinhos são mesmo umas “cusquices”, e eu ao escrever isto estou a ser igual.
Não sou a dona da verdade, sei os princípios de uma amizade, uns copos bem bebidos não é desculpa para nada …enfim. Ladeei com uma pessoa que tem mais coragem de escrever num blog que falar abertamente daquilo que lhe incomoda. Parabéns. E a quem escreveu comentários bem tristes, devo lembrar que não me conhecem de lado nenhum e devo acrescentar que sei o que é uma amizade.
Que 2010 traga a muita gente sensatez e humildade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Traição ou opções?!

Traição ou opções?!

O que é trair?! Onde começa e acaba?!
Trair é amar uma pessoa e ir para a cama com outra? Estar com uma pessoa e pensar noutra? Ser incorrecta e injusta com um amigo? Pensar uma coisa e agir de outra completamente antagónica? Ser confidente de alguém e depois abrir a boca para o mundo? E trair os nossos princípios? Não será a maior traição?!
Tudo isto e não só é trair ou opções deselegantes. Onde começa e onde acaba? Penso que começa tudo no pensamento e termina na mesma no pensamento.
A traição magoa primeiro quem trai… trás desordens com gosto a fel. Quando o outro sente que foi traído, já tivemos as repulsas do nosso acto. A raiva de nós, o arranjar explicações ou motivos pelo qual traímos…o porquê!
Sentimos um silêncio dado a nós próprios, a oportunidade de não nos querermos ver á frente…ouvem-se palavras frias e cruéis a ecoar no pensamento ... a repugnância do nosso feito. Subtilmente sugerimos ao nosso cérebro as contradições do “ foi bom/ não valeu a pena” ou “ nunca vou esquecer/não me quero lembrar” ... ou “ sorrio / choro”!
Mais tarde deparamos com frases exclusivas e célebres:” errar é humano”! Passamos a dar-nos ouvidos, fazemos cortesia ao nosso “eu” e aceitamo-nos pouco a pouco…depois vem a saudade de nós próprios. Temos estas sensações antes do outro. Sentimos isto ... antes dele!
Depois podemos desculpar-nos ou não, esquecer ou não ... mas seja como for, nunca mais ousamos pronunciar que não voltamos a trair, nem há certezas do contrário. O acto de trair é uma opção…e os primeiros a saborearem esta escolha, são os protagonistas do acto.
Todos já traímos de alguma maneira, mas dá-se mais ênfase quando se trai numa relação conjugal.
Traímos porquê? Porque nos deixamos agarrar e se envolvam no nosso corpo? O que vemos no olhar dum “estranho”, e não naquele olhar sincero e seguro de quem nos ama? O que nos retêm ou acelera a respiração vinda dum desconhecido, quando temos um coração com um dono peculiar?!
O que se procura noutros braços ... o abraço certo? Abdicamos do beijo perfeito por um que nem nos pertence. Damos vez ao sexo com alguém “impessoal” e renunciamos ao amor e sexo com a pessoa que gostamos.
Somos um ser enigmático! Queremos o que não temos…depois olhamos para trás estarrecidos com os estragos que causámos.
Quem nunca traiu, um dia pode fazê-lo! Quem traiu…nunca se arrepende de o ter feito! E nunca dizem…nunca mais! Com estes, ficam histórias registadas com datas presentes e aliados a uma pessoa. Parágrafos de cenários coloridos…palavras com cheiro a pretérito, títulos tatuados com lembranças.
E o final…o fim, é sempre o mesmo!
A vontade de voltar ao sitio onde se foi feliz…mesmo que por breves instantes.

FIM
Tila de Oliveira

domingo, 11 de outubro de 2009

Fases da vida...

Fases da vida…
Nesta fase, vejo-me a apanhar cacos de “coisas” que estilhaçaram dentro de mim. Pouco a pouco, sozinha e em silencio caminho a apanhá-los, vergo-me as vezes que forem necessárias para ter novamente o que era meu. Apanho estes pedaços, acompanhada de lágrimas que ferem quando deslizam no rosto. Guardo e restauro o que danificaram sem dó nem piedade, escoltada de lembranças recentes. A devastação é inexplicável, mas reergo tudo com firmeza e no lugar desses fragmentos, semeio promessas …
Nesta fase, as promessas são antídotos para sairmos destes períodos...menos benignos da vida.

Tila de Oliveira

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Fica comigo esta noite...

Fica comigo esta noite…e amanhã… amanhã digo-te se quero que voltes.
Hoje quero-te junto a mim, sem perguntas ou porquês. Talvez o saibas…mas se responder, vou mentir-te.
Nesta noite abraça-me como se fosse a última, dá-me beijos demorados com diversos paladares…talvez goste e talvez queira que voltes depois do dia de hoje. Parte á deriva no meu corpo como se fosse a primeira vez, e se fores muito devasso… amanhã podes fazer uma nova viagem sobre mim. Envolve o meu rosto nas tuas mãos, declina o peito contra o meu, que eu…enlaço as pernas nos teus quadris, recebo a tua boca na minha e levo-te para lá de tudo com o meu olhar. Cobre-me de afectos contínuos e sente a desordem da pulsação, sela com a língua compromissos demorados em lugares escondidos…e amanhã, amanhã digo-te se voltas novamente.
Conta-me ao ouvido uma história indecente, concretiza-a enquanto a narras…porque amanhã, posso não querer escutá-la por ti. Esvazia a vontade de querer que fiques em mim, derruba vontades proibidas no meu corpo lotado de desinibições … e faz-me esquecer que existe um mundo lá fora.
Encobre-me entre ti e uma parede, faz-me acreditar em príncipes encantados, finais felizes e amores eternos…mas nada de exageros, porque as ilusões são perigosas.
Apaga o dia de amanhã e delicia-me esta noite com momentos maliciosos, retém-me no cume da erupção corporal…e invade todas as divisórias desprevenidas do meu ser.
Diminui o espaço entre nós, excede limites e vem comigo ao quintal do céu… talvez amanhã queira que voltes.
Hoje impera a imprudência, ladeada com delírios... rodeiam-se com emoções exaltadas de paixão.
O nosso jogo de palavras tornasse sempre interessante, porque existe sempre um certo jogo de cintura nas palavras…amanhã podes voltar e ficar…depois não sei.

Tila de Oliveira

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sei tudo isto...e não só.

Sei o que quero e o que não quero.
Sei os defeitos que contenho e as qualidades.
Sei quando magoam intencionalmente e quando é sem intenção.
Sei quando me iludem e sei as vezes que me surpreendem pelo lado positivo.
Sei quem me estende a mão e quem a resguarda.
Sei quem confia em mim e a quem posso confiar tudo.
Com tanta coisa que sei…já devia ter dado quatro chapadas a mim própria e acordar para a vida.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Parte do que sou...devo a ti.

Parte do que sou devo a ti.
Ensinaram-me a lutar sem ser preciso disparar armas.
Ensinaram-me a ajudar sem ser preciso esperar algo em troca.
Ensinaram-me a ir pela verdade num mundo de mentiras.
Corrigem-me erros sem julgarem.
Dizem-me verdades cruéis em privado, aplaudem-me em publico.
Empurram-me para situações dúbias, saio delas com certezas.
Ensinaram-me a “enganar” a tristeza com sorrisos … mesmo que “inventados”.
Ensinam-me a descobrir o lado bom das pessoas, inclusive os das mais pérfidas.
Aconselham-me a observar…quando tenho duvidas.
Convenceram-me a ser fiel aos meus princípios, mesmo quando o menos bom se instala na minha vida.
Fizeram-me acreditar num Deus que acarinha, mesmo que sinta o mundo a desabar.
Lembram-me para contar apenas comigo, se tiver mais pessoas…melhor ainda.
Dizem que sou a melhor angariadora de sonhos, mesmo que as evidencias o contradigam.
Disseram que a coragem e determinação nos levam longe, mesmo quando as pernas já não obedeçam.
Fazem-me ver que a força se avalia pelo agir, e não pelas palavras.
Ensinaram-me a tentar sempre mais uma vez, antes de abandonar um sonho.
Ouvem-me rir e ficam felizes, se choro recebo abraços.
Ensinaram-me a não ter medo… porque simplesmente não existe.
Hoje acredito que sou uma mulher destemida, incutiram em mim essa confiança. Aqui descrevi pessoas que diariamente me ensinam a crescer como ser humano. Com elas aprendi a diferenciar o bom do menos bom, convenceram-me que interiormente possuo a força e garra necessária para alcançar objectivos. Parte do que sou devo a ti, a ele, a ela…a vocês. Outros há que não gostam de mim, mas nem toda a gente tem bom gosto!!!
Convosco (os que me estimam, claro) aprendi a estender a mão sem olhar a quem, a ser justa e a pedir desculpa quando magoo. O que sou, advém um pouco dos ensinamentos provenientes destas pessoas, coabitam no meu pensamento… e cada dia que nasce, tê-las comigo é uma dádiva.
Mesmo com todas as vicissitudes da vida…viver é um prazer. “Tudo o que acaba deprime-me”, já alguém o dizia. Todos amamos coisas materiais, mas esquecemos que elas não sentem o mesmo que nós, enquanto que a vida…a vida de certeza que daria pela nossa falta. A vida só tem existência porque a colorimos, a movimentamos e… damos-lhe razão para viver!!!
Aos meus amigos …obrigada!


Tila de Oliveira

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ficou a promessa de voltares...

O sol piscou-me o olho pela manhã … senti-me assediada pelo calor que dele provinha. Baixei os olhos, corei … e segui o meu percurso. Senti-me perseguida pela minha sombra que se posicionava em vários sentidos, como se tratasse de um namoramento.
Quando o Sol concluiu o seu turno foi substituído por uma Lua esbelta. Atrás dela um fundo negro com pequenos pontos a reluzir.
Hoje tive um dia extraordinário.
Deitei o meu corpo na cama e fechei os olhos. O pensamento fez a amabilidade, de ir até á noite passada e recordar tudo … até ao momento de uma Lua elegante se revelar num céu tranquilo, passando por um Sol matreiro…cúmplice dum amanhecer inflamado.
Ficou a promessa de voltares, mas nunca de ficares mais que uma noite.


Tila de Oliveira

sábado, 25 de julho de 2009

Hoje estou assim...

Há dias em que a tristeza chega, “arromba a porta” e faz o que quer dentro de nós. Coloca nós na garganta, aperta o coração, estreita a entrada da felicidade…
Tristeza essa, que derrama debilidade mental e física.
Hoje estou triste! Sinto uma tristeza que entontece o meu cérebro…
Estou assim…porque nem todos os dias são como nós planeamos.
Tila de Oliveira

terça-feira, 21 de julho de 2009

Com a vida aprendi...

Com a vida aprendi …
Aprendi nos livros da vida a não odiar, mesmo aqueles que não gostam de mim. Que ter raiva é perca de tempo. Aprendi a limpar lágrimas, mesmo nos rostos de quem não me é especial. Com ela aprendi a esconder o meu choro, rasgar sorrisos quando muitas vezes me apetece “bater” no mundo e pronunciar palavras sórdidas. Ela ensinou-me a receber abraços e a abraçar com força e protecção sem querer ou propositadamente…e de todos eles, o que mais quero é aquele onde sinto abrigo, ternura e afecto.
A vida ensinou-me que me posso apaixonar por um sorriso, um olhar ou um gesto, mas também me lembrou, que a decepção pode vir atrás duma palavra ou de um acto. Preveniu-me que confiar é um passo arriscado, que a injustiça muitas vezes começa por nós, e para sermos felizes…não é preciso tanto como aquilo que ambicionamos.
Ensinou-me a desculpar, porque eu também já precisei de ser desculpada, a fingir ser forte nos momentos frágeis, fazer opções quando todas as escolhas me interessavam. Ela demonstrou-me que se perde pessoas, coisa que nunca quis aprender…mas, cada perca é uma estrela que elimina o céu. Obrigou-me a saber dizer “até um dia”, quando na realidade era um “até sempre”! Ela alertou-me que a pior morte…será sempre a nossa!!!
Hoje consigo ser positiva, mesmo nas alturas em que o mundo parece desabar em mim, porque no dia a dia tenho mais coisas para ficar feliz que triste. Todos os dias a vida presenteia-nos, não estamos é atentos ao que ela nos coloca diante de nós! Sendo assim, dos meus erros converti-os em lições, das vitórias objectivos alcançados, das derrotas promessas de não voltar a repeti-las, das traições oportunidades, dos medos retirei força, da idade experiência, das pessoas sabedoria. Consegui compreender, que desistir nunca faz sentido e que os sonhos podem deixar de ser sonhos quando acordamos!
Hoje sei sorrir quando alguém espera por um rasgar de lábios, tenho a percepção que podemos fazer sempre mais e melhor, que o difícil pode ser fácil desde que seja efectuado com prazer e o longe está sempre mais perto do que julgamos.
Hoje sei usar melhor a razão e a emoção com conta e medida, que gostar muito não desculpabiliza certos actos, que o amor eterno não existe nas relações e que amor e sexo são compatíveis.
Sei que a amizade é amor sem sexo…ou não. Sei que fui amada e rejeitada provavelmente…ou não. Sei que a droga é má…algumas. Sei que beber álcool faz mal … mas porque não ser imprudente ás vezes?!
A vida ensinou-me…que escrever faz bem.

Tila de Oliveira

domingo, 19 de julho de 2009

Hoje pus-me bonita...para mim.

Sexta-feira dia 17-07-09
Hoje pus-me bonita…para mim.
Levantei-me da cama assim que o telemóvel marcava no visor 8.45h. Vesti umas calças de fato de treino, uma camisola de manga curta e lá fui para o meu vício saudável…o ginásio. Fiz um aquecimento na passadeira, e depois…depois aula de Jump! Jump é uma aula com um gasto calórico alto, os movimentos são bastantes dinâmicos em cima dum mini-trampolim. È a aula perfeita para aumentar a resistência, a força muscular e tonificar os membros inferiores, é mais ou menos isto que acontece nestas super aulas. Também gosto do BodyCombat, consiste num programa adequado para todo o corpo. A combinação de movimentos de braços e pernas fortalece e tonifica o corpo, ao mesmo tempo que queima aquelas calorias a mais, além de melhorar a parte cardiovascular, postura, agilidade e flexibilidade. È uma actividade que nos dá a sensação de poder…o melhor para o stress e afastar temporariamente problemas, (é mais ou menos esta a explicação que os professores dão). Mas hoje a aula foi Jump.
No final… alongamentos! Uma parte que sabe sempre bem…
Depois de estar extremamente relaxada…balneoterapia. Um compartimento que nos leva para outros mundos. Tenho á minha espera um banho turco, lá dentro um aroma a eucalipto. Durante quinze minutos inalo este ar intenso, pelo corpo percorrem gotas de água sadias. Saio e espojo-me sempre num dos cadeirões, os ouvidos desfrutam da música de fundo, a mente desapegasse do mundo das rotinas e dos compromissos. Quase que adormeço…
Ofereço ao corpo mais dez minutos de sauna. No final, pego em mim e vou para o chuveiro, alterno um duche com água fria e morna. Espera-me o jacuzzi…delicio-me naquela “banheira” com jactos que massajam este corpo de metro e meio. Relaxo e volto ao assento onde quase se pode adormecer. Mas não posso dormir…são 11.40h.
Vou tomar o meu banho final. Durante 10 minutos o chuveiro não se cansa de embater em mim…mas é hora de me preparar. Passo o creme anti-rugas e reafirmante numa pele já meio envelhecida…estou pronta para enfrentar mais um dia. Saio do parque de estacionamento com destino ao trabalho, mas…mas altero o trajecto …vou pintar o cabelo. Os brancos reluzem muito…vou ter que lhes “tirar” esta luminosidade toda e dar mais brilho aos outros. Humm…gosto desta cor, minto-me pensando que aparento ter menos 5 ou 6 anos…os olhos discordam e da boca sai um sorriso meio envergonhado. Não discutimos e aceitamos a opinião do pensamento. Pareço mais nova!
O trajecto para o trabalho foi excluído. Decidi fazer uma massagem facial…a pele ficou macia e brilhante…como os antigos cabelos brancos!!! “Quantos anos tenho a menos agora”? Murmurei ao meu pensamento? Não obtive resposta, depreendi que ficou sem palavras…
Hoje pus-me bonita…para mim.
Cheguei a casa, escrevi um pensamento no Messenger e no h5, telefonei ás pessoas indispensáveis da minha vida, enviei mensagens a outras.
Vesti a roupa que mais gostava, coloquei um pouco de base… há, claro, estiquei bem as pestanas com o magnifico rímel da Oriflame. Sai, sorri mais que o habitual, pensei nos problemas…dei-lhes a devida atenção arranjando soluções, pensei mais em mim que nos outros, tomei um café curto, fumei um cigarro….sim, sei que não combina com o que faço todas as manhãs!!! Parei em mais passadeiras para dar passagem aos peões, e conduzi até á empresa com um único objectivo… vender! Vendi 5 serviços! Coincidências?! Não sei se existem…mas que hoje pus-me bonita para mim…pus!


Tila de Oliveira

terça-feira, 14 de julho de 2009

Sem titulo...

Hoje fui a um passado longínquo…estavas lá tu.
Sentei-me e revi fotografias quase sem cor. Recordei contigo dias que ultrapassavam noites sem darmos por isso…
Fui á gaveta das minhas lembranças e li todas as tuas cartas…
Fiquei triste por saber que foste para o tal lugar sem nome…hoje conseguiste banir de mim sorrisos. Culpei-me por não te procurar, por não ter ido visitar-te nesse lugar frio com muros que dividem um mundo de outro. Atrás dessas grades, provavelmente sentiste o desapego de muita gente, a ausência de afectos…e que tanto gostavas. Os anos que estiveste nesse cubículo, não te levaram á recuperação ou ao afastamento dessas substâncias estúpidas. Nesse lugar, deixaste de saber sonhar com um mundo cá fora, conseguiste que a morte superasse a vida… a tua vida.
Lembro com carinho o teu olhar! Sentia-me sempre protegida quando estavas comigo…nada sucedia de mal.
Sempre caminhaste no limite da vida, até que ela te atraiçoou… lamento tanto a tua partida João…tanto.
Apetece-me chamar-te nomes horrendos, mas a única coisa que me ocorre é a palavra…amigo. De ti, só posso recordar essa grande cumplicidade e afecto mútuo.
Hoje…hoje queria um charro feito por ti… queria que me dissesses novamente como se fuma …e, queria dizer-te o que sentia. Depois disto, ouvir as tuas e as minhas gargalhadas, beber vodka na Donald, passar horas a conversar no IT, juntarmo-nos aos nossos 330 amigos mas que se resumiam na verdade a dois ou três …e acabarmos no bar habitual até de manhã.
Hoje queria que fosse assim novamente…porque se assim fosse, estarias ainda aqui.
Vivias num mundo onde eu não queria viver, mas de vez em quando entrava nele e acompanhava-te. Alguns actos menos próprios alinhei contigo…outros recusava, porque gostava mais de mim. Era sempre só essa vez…e a seguir a essa vinha mais uma, outra e outra… até que, já não existem mais vezes.
O teu vício levou-te para espaços onde a saída era minúscula, conseguiste a proeza de morrer com todas as doenças que advém dele. De que cor foi o teu céu antes de partires? Seria colorido como o das vezes em que era “só mais esta vez”?! Acho que sempre foi cinzento João…e nunca multicolor.
Vou-te recordar, até ao momento em que não havia essa famosa frase irritante ”só desta vez apenas”, esse é o tempo que quero lembrar-te. Um João sem vícios!
Estejas onde estiveres…um beijo.

Tila de Oliveira

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pensamentos...



Pensamentos…

Há pensamentos que nos faz reflectir bastante. Eles são, a expressão perfeita para presentear alguém, ou até a nós mesmos.
Podem ser o despertar para um mundo real ou a dica exemplar para nos resguardar dos outros.
Eis alguns pensamentos, que nos deixam a pensar:

- "Há amigos que levam à ruína e há amigos mais queridos do que um irmão".(Livro dos Provérbios 18,24)
- "Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única".(Albert Schweitzer)
-"O mentiroso faz dois esforços: mentir e segurar a mentira".(Júlio Camargo)
-"Todos os homens que não têm nada de importante para dizer falam aos gritos".(Jardiel Poncela)
-"As palavras que não são acompanhadas por factos não servem para nada".(Demóstenes)
-"Há três tipos de pessoas: as que fazem, as que vêem fazer, e as que perguntam o que aconteceu".(John Newborn)
-"A pessoa justa não é a que não comete nenhuma injustiça, mas a que, podendo ser injusta, não o que ser".(Menandro)
-"Faça o que fizer, a mulher tem de o fazer duas vezes melhor do que o homem, para que se lhe dê igual valor. Ainda bem que não é difícil".(Charlotte Whitto)
-“Não acredites nem nos que pedem emprestado, nem nos que emprestam; porque muitas vezes, perde-se o dinheiro e o amigo...e o empréstimo”.
-"A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta".(Pascal)
-"Todas as misérias verdadeiras são interiores e causadas por nós mesmos. Erradamente julgamos que elas vêm de fora, mas nós é que as formamos dentro de nós, com a nossa substância".(Anatole France)


Tila de oliveira

domingo, 21 de junho de 2009

Velhos...


Velhos…

Quem são e de que são feitos?
Chamamos velhos, àqueles que criaram filhos e muitos com poucas possibilidades, aos que cuidaram dos netos para amenizar um pouco a vida dos pais destes. Designamos de velhos, àqueles que a vida foi madrasta, mas que, mesmo assim transmitiram aos descendentes normas de conduta exemplares.
Os velhos, são esses indivíduos que deambulam no mesmo planeta que nós! Trazem consigo olhares vagos, histórias singulares e autênticas. Muitos, nem sabem a idade…porque a memória os traiu! Mas o caminho que percorreram deve ficar na lembrança daqueles que os viram envelhecer.
Aos nossos velhos incumbe-nos dar-lhes atenção e respeito, a experiência deles não vem em enciclopédias, a maneira incomparável de amarem não se aprende nas escolas. Mas infelizmente, muitos seres têm a arte de os desprezar e observá-los com olhos invisíveis.
Quantos velhos se aperceberam que estavam vivos próximo do desfecho das suas vidas? A muitos, a vida não lhes deu tempo para usufruírem da infância, a outros ocultaram-lhes a passagem pela adolescência. Muitos aperceberam-se da velhice, no instante em que as suas mãos deslizavam num semblante rugoso…
Cada ruga soma uma batalha ou um sofrimento acrescido do habitual. Estes seres com décadas em cima, vemo-los muitas vezes nos bancos de jardim em monólogos constantes. Esperam um sorriso, um olhar compassivo ou um aceno mesmo que envergonhado. Devemos-lhes mais que aquilo que concedemos.
Carregam na alma humildade desmedida, transportam nas palavras melodias aprazíveis aos nossos ouvidos, suportam no olhar uma vida sem limites e despido de vontades próprias. E as mãos…as mãos ainda que trémulas, conseguem demolir com gestos subtis a mágoa que sentem ao ouvir chamar-lhes …de velhos.
Valorizá-los é uma sentença que lhes assiste, faze-los sentir indispensáveis é uma de muitas formas de evidenciar o nosso gostar ilimitado e sem tamanho. Estes “semideuses” amam e nada mendigam em troca.
De que são feitas estas pessoas?!
A idade deles, é brutalmente punida por muitos indivíduos que vasculham enciclopédias e estudam em escolas. Muitos ignoram a essência destes seres sublimes. A terceira idade não tem de ser olhada com compaixão, mas sim presenteada com o sentimento mais nobre que existe… gratidão. Eles são protagonistas de vivências notáveis e omitir a existência deles, é abolir um pouco a nossa história. As mãos que ajudaram a darmos os primeiros passos existem, e no meio de tanta fragilidade ainda estão aptas para nos amparar. Os olhos que nos seguiam atentamente, assim como o corpo que nos protegeu nestes anos todos, subsistem com a mesma intensidade.
Não seria mais correcto chamar a estes velhos de heróis?!
Heróis por terem sobrevivido a tantas vicissitudes da vida, por terem que lutar pelos outros esquecendo-se deles próprios!?
A isto eu denomino de heróis. Os nossos …heróis.
A eles deixo esta mensagem: “Não deixem que ninguém vos humilhe sem a vossa autorização”.
Aos que rejeitam estas pessoas, relembro este pensamento: “As mãos dos velhos nunca vão ser como as nossas…mas as nossas, um dia vão ser como as deles”!
Pensem nisto.

Tila de Oliveira