domingo, 14 de setembro de 2008


Hábitos, usos ou manias…

Diante do meu computador primo uma e outra tecla…
Formo palavras que pouco a pouco se transformam em frases. Em sequência desta junção de letras e palavras transplantadas do pensamento para o meu computador, concebo uma “folha” inundada de desabafos ou simplesmente enunciações onde narro um ou outro acontecimento….
Tenho por hábito escrever apenas com uma mão, a outra… a outra ampara a cabeça ou uso-a para fumar um cigarro. Com os dedos faço com que ele circule em redor deles…são costumes que adquirimos ao longo do tempo.
Todos nós obtemos usos no nosso dia a dia. Empregamos termos que ouvimos por ai, imitamos gestos que vemos alguém fazer, estilos que achamos piada…ou tão-somente inventam-se.
Talvez o comodismo se possa apelidar de hábito, porque não? Familiarizamo-nos com certas atitudes deselegante e ao fim de tentativas sem sucesso baixamos as armas, e lá vamos nós com o tal argumento pouco inteligente e frequente:” oh pá não vale a pena, é o feitio das pessoas…”!
Somos protagonistas dos nossos hábitos por várias razões, mas também somos seres racionais para saber se devemos ou não empregá-los…
Talvez os erros e desculpas imoderadas se possam também intitular de hábitos! Achamos que o facto de se pedir desculpa, justifica os erros cometidos dezenas de vezes…a palavra desculpa usada em demasia não pode ser aceite. Se aprendemos com os erros e tentamos não repeti-los é notável, mas constantemente cair neles é…burrice.
De tantos usos e costumes menos benéficos, aprendemos a não confiar e dai advém os desencantos e as desilusões…que importam consigo um simpatizar muito longínquo do gostar…
A natureza gira em torno do equilíbrio, porque é perfeita…enquanto que o ser humano está longe de ser exemplar! Mas, compete-nos ter uma perspectiva imparcial em relação aos hábitos que obtemos e não inocentar-nos e desculpabilizar-nos constantemente… sobretudo quando temos consciência que povoa em nós uma vitrina de ciclos viciosos.
Aceitar, admitir e não redobrar as nossas lacunas é um acto de humildade…
Um hábito, um costume, um uso ou seja lá o que queiram designar…pode ser lesivo para nós e para os que nos circundam.
A índole que subsiste dentro de nós deve ser preservada, mesmo que se torne num hábito, estilo ou mania…desde que seja seguramente inofensivo e edificante.
O ser humano tem a obrigação de saber que o excessivo se torna fastidioso.